Apesar de não ser uma cura para o diabetes tipo 2, a cirurgia bariátrica oferece importantes benefícios para o controle do diabetes. A redução do estômago resulta na diminuição da grelina, hormônio que regula a fome e saciedade, reduzindo o apetite. Além disso, a digestão mais rápida leva à liberação de hormônios, como o GLP1, que estimulam a produção de insulina pelo pâncreas, promovendo a absorção adequada de açúcar pelas células. A perda de peso também reduz substâncias inflamatórias, melhorando a ação da insulina. Continue a leitura e saiba mais sobre esse procedimento e seus outros benefícios.
Um tratamento multidisciplinar
A cirurgia de estômago, conhecida como cirurgia bariátrica, pode parecer a solução definitiva para aqueles que lutam contra o excesso de peso. No entanto, é primordial compreender que a transformação física não é suficiente se a mente não acompanhar o processo. É fundamental perceber que a bariátrica não é a cura miraculosa para a obesidade, mas sim uma ferramenta poderosa de tratamento.
De acordo com o Ministério da Saúde, a cirurgia bariátrica é o último recurso para casos graves de obesidade. É uma medida extrema e deve ser encarada como tal.
Dessa forma, antes de se submeter à cirurgia, o paciente passa por uma avaliação multidisciplinar abrangente, envolvendo uma equipe de especialistas, como endocrinologistas, nutricionistas, psiquiatras, psicólogos e avaliadores físicos. No entanto, um dos desafios que aqueles que passam pela bariátrica enfrentam é manter o acompanhamento regular após a perda inicial de peso.
É comum que, após melhorias significativas, como controle do diabetes, melhor qualidade de sono e respiração, além da prática regular de atividades físicas, os pacientes sintam-se tentados a abandonar o acompanhamento médico. Esse é o momento crítico em que o risco de reganho de peso se torna uma realidade.
Quem pode se submeter à cirurgia bariátrica?
Os critérios para a elegibilidade são bem definidos: adultos com Índice de Massa Corporal (IMC) superior a 35 ou entre 30 e 35 que apresentam síndrome metabólica ou comorbidades. Calcula-se o IMC dividindo-se o peso pela altura ao quadrado.
Isso destaca a importância de avaliar cada caso individualmente, ressaltando que, para alguns grupos populacionais, os limites de IMC podem variar. O objetivo é sempre priorizar o bem-estar do paciente e oferecer o tratamento mais adequado para suas condições específicas.
Para adolescentes, a abordagem é cautelosa, mas igualmente eficaz. A cirurgia pode ser considerada para aqueles com IMC acima de 120% do percentil 95 para sua idade e sexo. Esta decisão vem acompanhada de uma análise detalhada dos riscos e benefícios, evidenciando o compromisso em proporcionar um futuro mais saudável para essa faixa etária.
A importância da orientação médica
Portanto, a cirurgia bariátrica não é apenas uma intervenção física, mas um processo complexo que demanda acompanhamento contínuo e um compromisso com mudanças de estilo de vida a longo prazo.
É importante lembrar que, embora as vantagens sejam muitas e os riscos relativamente baixos, deve-se tomar a decisão pela cirurgia bariátrica com cuidado e sempre sob orientação médica especializada. Afinal, trata-se de uma mudança significativa com potencial para transformar sua vida.
Se você ou alguém próximo enfrenta desafios relacionados ao diabetes tipo 2 e obesidade, considerar a cirurgia bariátrica pode ser um passo valioso na jornada por uma vida mais saudável. Não deixe para depois! Procure apoio profissional hoje mesmo para discutir suas opções. Cada momento é precioso quando se trata da sua saúde.