Cirurgia bariátrica: mitos e verdades na jornada pela saúde
A obesidade é uma condição que pode impactar significativamente a saúde e o bem-estar, influenciando o surgimento de diversas comorbidades. Diante desse cenário, a cirurgia bariátrica emerge como uma opção eficaz para a perda de peso e o controle de condições associadas, como diabetes tipo 2 e hipertensão. Por isso, neste artigo, exploraremos os diferentes tipos de cirurgia bariátrica, desmistificando mitos e revelando verdades que cercam esse procedimento, frequentemente envolto em receios infundados.
Tipos de cirurgia bariátrica
Antes de adentrarmos nos mitos e verdades, é importante compreender os principais tipos de cirurgia bariátrica. O Bypass Gástrico reduz o estômago e desvia parte do intestino delgado, dividindo o estômago em duas partes. A porção menor, com capacidade aproximada de 50 ml., assume a forma de uma bolsa e estabelece uma conexão direta com o intestino. Desse modo, o trajeto alimentar é desviado da porção inicial do intestino delgado. Embora classificada como uma cirurgia reversível, a reversão raramente é necessária.
Na intervenção cirúrgica bariátrica conhecida como Sleeve (Gastrectomia Vertical), o estômago é grampeado e dividido em duas partes. Dessa forma, a porção maior, responsável pela produção da grelina (o hormônio da fome), é removida. O restante assume a forma de um tubo com aproximadamente 100 ml. de capacidade, encarregado de receber o alimento e direcioná-lo para a porção inicial do intestino delgado. Essa cirurgia é considerada irreversível.
Conheça outras técnicas para cirurgia bariátrica
O cirurgião orienta a escolha entre essas técnicas por meio de uma avaliação minuciosa, considerando benefícios e características específicas. É importante destacar que o paciente e a equipe médica devem discutir cuidadosamente a decisão sobre o tipo de cirurgia bariátrica. Nesse diálogo, é essencial levar em conta fatores como histórico médico, preferências pessoais e objetivos de saúde a longo prazo. Assim, essa abordagem personalizada assegura uma transição bem-sucedida para um estilo de vida mais saudável após a cirurgia.
Mitos e verdades sobre a cirurgia bariátrica
Qualquer pessoa pode se submeter à cirurgia bariátrica.
Mito
A cirurgia é indicada para pacientes com índice de massa corpórea (IMC) acima de 40 kg/m² ou entre 35 e 40 kg/m² com comorbidades associadas. O procedimento requer que o paciente tenha tentado emagrecer sem sucesso por aproximadamente dois anos, utilizando métodos convencionais.
Acompanhamento psicológico é importante.
Verdade
A avaliação psicológica é fundamental para identificar expectativas realistas e garantir que o paciente esteja emocionalmente preparado. Além disso, recomenda-se também o acompanhamento psicológico pós-cirúrgico para promover a adaptação às mudanças.
Quem fez redução de estômago não pode engravidar.
Mito
Embora a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica recomende que as mulheres aguardem dois anos após a cirurgia para engravidar, não é uma contraindicação absoluta. Dessa forma, a orientação médica é fundamental nesses casos.
É necessário realizar uma dieta restritiva.
Verdade
Após a cirurgia, uma dieta específica é essencial para garantir a adaptação do sistema digestivo às mudanças. O paciente reduzirá significativamente o consumo de alimentos. Além disso, o pós-operatório incluirá a manutenção de uma hidratação adequada e a incorporação de suplementação vitamínica.
Depois da cirurgia, o paciente pode comer de tudo e não irá engordar.
Mito
Manter hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios, é fundamental para o sucesso a longo prazo. Portanto, a cirurgia bariátrica é um ponto de partida para uma nova abordagem à saúde, mas não é uma solução isolada.