Sentindo um desconforto estranho na região da virilha? Pode ser hérnia inguinal, uma condição que afeta muitas pessoas, causando dor e desconforto. De acordo com estudos, a hérnia inguinal é uma das condições médicas mais comuns que requerem intervenção cirúrgica.
Esse problema de saúde é de suma importância, pois pode levar a complicações graves se não tratado adequadamente. Neste artigo, buscamos fornecer informações precisas sobre os sintomas da hérnia inguinal, explicar o processo de diagnóstico e apresentar as opções de tratamento cirúrgico.
Entendendo a hérnia inguinal: o que é e quem está em risco
A hérnia inguinal caracteriza-se pelo abaulamento de parte do intestino ou gordura abdominal na região da virilha, causado por uma fragilidade ou fissura no músculo abdominal. Essa condição não escolhe alvo, mas tende a afetar com mais frequência determinados grupos. Sua prevalência é maior em homens, principalmente os que realizam esforços físicos intensos de forma frequente, como o levantamento de peso, por exemplo.
Diversos fatores podem aumentar o risco de desenvolver uma hérnia inguinal. Entre eles, podemos citar o histórico familiar, avanço da idade, hábito de fumar, a constipação crônica e operações prévias na área afetada. Normalmente, indica-se a cirurgia para corrigir o defeito muscular e aliviar os sintomas.
Destacamos que pessoas com excesso de peso e que sofrem com condições médicas como diabetes tipo 2, hipertensão arterial ou apneia do sono também são suscetíveis à condição. Da mesma forma, aqueles que enfrentam desafios na realização de atividades diárias por conta do sobrepeso, como subir escadas ou caminhar por longas distâncias, podem estar em risco. Portanto, é crucial buscar ajuda médica ao identificar qualquer sinal de hérnia inguinal.
Sintomas da hérnia inguinal: quando procurar ajuda médica
A hérnia inguinal é um problema que atinge muitas pessoas, principalmente aquelas que lidam com excesso de peso, diabetes tipo 2 ou pressão alta. O desconforto contínuo, dores abdominais e refluxo ácido são apenas alguns dos problemas enfrentados. Mas, como saber quando é hora de buscar ajuda médica? Vamos esclarecer isso agora.
Identificar os sintomas da hérnia inguinal é o primeiro passo. É comum notar uma saliência na região da virilha que aumenta ao se levantar e diminui ao deitar-se. Além disso, pode-se sentir dor ou desconforto na mesma região, junto a uma sensação de queimação ou dor aguda. Esses sinais já indicam que é hora de procurar um profissional de saúde.
No entanto, há situações em que a necessidade de ajuda médica é ainda mais urgente. Caso a hérnia se torne muito dolorosa, não retorne para dentro mesmo com leve pressão, ou se a região afetada se tornar escura, avermelhada ou sensível, é sinal de alerta máximo. Esses sintomas podem indicar o estrangulamento da hérnia, condição grave que requer atendimento imediato. Afinal, cuidar da saúde é sempre prioridade!
Diagnóstico de uma hérnia inguinal: exames relevantes
O diagnóstico de uma hérnia inguinal é um processo que demanda atenção e cuidado. Esse diagnóstico é predominantemente clínico, ou seja, baseia-se na história médica do paciente e em um exame físico minucioso. Esses dois componentes juntos possuem uma sensibilidade de cerca de 74,5%. Isso significa que, em muitos casos, a confirmação da hérnia inguinal não necessita de exames de imagem adicionais.
No entanto, há situações em que o médico indica a realização desses exames. Se houver alguma dúvida no diagnóstico ou se for necessário avaliar melhor a extensão da hérnia inguinal, exames de imagem como a ultrassonografia ou tomografia computadorizada, podem ser utilizados. Eles oferecem uma visão mais detalhada da área afetada, auxiliando no planejamento do tratamento adequado.
E lembre-se: todas essas etapas são fundamentais para garantir a segurança e o bem-estar do paciente. Mesmo que pareça assustador no início, saiba que esses procedimentos são conduzidos por profissionais experientes e com o uso de tecnologia avançada. Portanto, confie no processo e não hesite em tirar quaisquer dúvidas com sua equipe médica.
Técnicas cirúrgicas como tratamento
O desconforto, as dores recorrentes e os temores de complicações mais sérias são questões que podem ser resolvidas. Nesse contexto, o valor das intervenções minimamente invasivas é inegável, sendo a herniorrafia inguinal um exemplo.
Ela oferece uma série de benefícios aos pacientes, entre eles, uma recuperação mais rápida e menos dolorosa. Isso é especialmente importante para aqueles que enfrentam dificuldades na realização de atividades diárias devido ao excesso de peso ou à própria hérnia.
Além disso, a cirurgia robótica também se destaca no tratamento de hérnias inguinais. O uso da cirurgia robótica permite uma precisão incrível, reduzindo ainda mais os riscos e melhorando os resultados para os pacientes.
Conheça as técnicas de cirurgia aberta
A técnica de Bassini, utilizando suturas ininterruptas, envolve a aproximação do tendão conjunto ao ligamento inguinal. A técnica de Shouldice, uma evolução da anterior, realiza a reparação em mais de um plano com suturas contínuas em quatro planos distintos. Ambas buscam reforçar o anel inguinal e aproximar a fáscia transversalis e o tendão conjunto ao ligamento inguinal.
Na técnica de Lichtenstein, realizada sob anestesia local e sedação, a prótese é posicionada sobre o pavimento inguinal e fixada com suturas. É considerada eficaz e tem baixas taxas de recorrência.
A técnica Rutkow-Robbins inicia-se com uma incisão sobre o anel inguinal interno, isolando o cordão espermático, e utiliza próteses para reforçar os defeitos herniários, prevenindo recorrências.
A técnica Prolene Hernia System (PHS), desenvolvida em 1998, utiliza uma prótese overlay e underlay fixas com uma estrutura conetora, sendo reconhecida por baixas taxas de recorrência.
Na correção cirúrgica por via laparoscópica, as técnicas TAPP (Transabdominal Pre-peritoneal) e TEP (Total Extraperitoneal) buscam colocar uma prótese no espaço pré-peritoneal para cobrir o defeito herniário.
No procedimento TAPP, inicia-se com a laparoscopia diagnóstica, a dissecção pré-peritoneal para expor o saco herniário e a inserção de uma prótese para cobrir os defeitos herniários, fixando-a no local correto.
Já o procedimento TEP ocorre com o paciente em posição supino. Durante a cirurgia, realiza-se a dissecção pré-peritoneal para expor o saco herniário e, em seguida, o cirurgião insere e fixa uma prótese para cobrir os defeitos herniários. As vantagens da cirurgia laparoscópica incluem menor trauma, recuperação mais rápida e menor incidência de complicações pós-operatórias na hérnia inguinal.