Médico medindo a gordura abdominal do paciente, explicando a relação entre cirurgia bariátrica e diabetes

A cirurgia bariátrica tem se destacado como uma ferramenta poderosa no controle do diabetes tipo 2, especialmente para pacientes com obesidade. Mais do que um procedimento para emagrecimento, a cirurgia tem efeitos metabólicos significativos. Neste artigo, exploraremos a relação entre a cirurgia bariátrica e diabetes tipo 2, os benefícios para os pacientes, e a importância do acompanhamento médico para garantir resultados duradouros.

A conexão entre obesidade e diabetes tipo 2

O diabetes tipo 2 é uma doença crônica que afeta milhões de pessoas no mundo, sendo frequentemente associada à obesidade. O excesso de peso contribui para a resistência à insulina, dificultando o controle da glicemia e agravando assim a progressão da doença.

Para muitos pacientes, o manejo do diabetes tipo 2 envolve mudanças no estilo de vida, medicamentos e, em alguns casos, a necessidade de insulina. Contudo, quando esses tratamentos não apresentam os resultados desejados, a cirurgia bariátrica surge como uma alternativa eficaz.

A relação entre obesidade e diabetes tipo 2 está no impacto do peso corporal sobre os processos metabólicos. Dessa forma, a cirurgia bariátrica atua diretamente nesse ponto, promovendo mudanças hormonais que melhoram a resposta do organismo à insulina.

Benefícios da cirurgia bariátrica para o controle do diabetes tipo 2

A cirurgia bariátrica não só ajuda na perda de peso como também oferece benefícios específicos para o controle do diabetes tipo 2, tais como:

  • Controle da glicemia: estudos indicam que a intervenção pode levar a uma queda significativa nos níveis de glicose sanguínea, com muitos pacientes reduzindo ou até interrompendo o uso de medicamentos. Sempre sob orientação médica, é claro.
  • Aprimoramento do controle metabólico: o procedimento induz alterações hormonais que favorecem a secreção de insulina pelo pâncreas, melhorando a regulação do metabolismo.
  • Diminuição de marcadores inflamatórios: a perda de peso gerada pela cirurgia reduz a inflamação sistêmica, um fator fundamental para o desenvolvimento da resistência à insulina.
  • Possibilidade de remissão da condição: em diversos casos, pacientes experimentam remissão total ou parcial do diabetes tipo 2 após a realização do procedimento.

Novas regras para cirurgia bariátrica em diabéticos

A Resolução nº 2.172 do CFM, de 2017, ampliou as indicações para a cirurgia bariátrica em pacientes com diabetes tipo 2. Desse modo, agora, pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) a partir de 30 kg/m² podem ser elegíveis, desde que atendam a critérios específicos.
Esses critérios são:

  • Duração do diagnóstico: o diabetes deve ter sido identificado há no máximo 10 anos.
  • Avaliação clínica: é necessária a recomendação de dois endocrinologistas, pois ela assegura uma abordagem especializada.
  • Insucesso de tratamentos anteriores: o paciente deve ter mostrado que métodos convencionais, como dietas e medicamentos, não produziram os resultados esperados.
  • Ausência de contraindicações: o paciente deve estar livre de condições que tornem o procedimento cirúrgico inviável ou arriscado.

Assim, com a ampliação dos critérios, a cirurgia bariátrica passou a ser reconhecida como um tratamento metabólico para diabetes, beneficiando um número maior de pessoas.

Como a cirurgia bariátrica impacta o diabetes tipo 2

A eficácia da cirurgia bariátrica no controle do diabetes tipo 2 está ligada às mudanças hormonais desencadeadas pelo procedimento. Isso porque, após a cirurgia, o trânsito alimentar é acelerado, estimulando a liberação de hormônios como o GLP-1, que melhora a produção de insulina.

Além disso, a redução do estômago e a menor ingestão calórica contribuem para o emagrecimento, que reduz a resistência à insulina. Dessa forma, o corpo se torna mais eficiente na utilização da insulina disponível. Outro impacto positivo é a redução da inflamação crônica, comum em pessoas com obesidade e diabetes. Desse modo, isso melhora a saúde geral e diminui o risco de complicações como doenças cardiovasculares.

Acompanhamento médico: fundamental para o sucesso

A cirurgia bariátrica é apenas o começo de uma jornada de transformação. Isso porque o acompanhamento médico é essencial para garantir que o paciente consiga manter os resultados do procedimento e para prevenir complicações.

Dessa forma, após a cirurgia, o paciente deve contar com o apoio de uma equipe multidisciplinar, incluindo médicos, nutricionistas e psicólogos. Assim, essa abordagem ajuda na adaptação a novos hábitos alimentares, na suplementação de vitaminas e na manutenção do controle do diabetes tipo 2. Portanto, se você tem essa doença e deseja explorar as possibilidades da cirurgia bariátrica, agende uma consulta.

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