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Médico se preparando para a cirurgia bariátrica endoscópica

Cirurgia bariátrica endoscópica: redução de estômago sem cortes?

Se você está considerando uma alternativa à cirurgia de redução de estômago tradicional, entender o que é de fato a cirurgia bariátrica endoscópica pode fazer toda a diferença. Muitas pessoas perguntam se é possível “reduzir o estômago sem cortes” e ficam com dúvidas sobre a eficácia, os riscos e se realmente se trata de uma cirurgia bariátrica. Neste texto, vamos explorar o conceito, as diferenças, os benefícios e as limitações desse método. E, no final, você verá o que é preciso para avançar nessa direção.

O que é a cirurgia bariátrica endoscópica e como ela se compara

A cirurgia bariátrica endoscópica refere-se a técnicas que usam endoscopia para reduzir ou reorganizar parte do estômago por dentro, sem realizar cortes externos grandes ou resseção do órgão como em cirurgias convencionais. Em muitos casos, o médico insere por via oral um endoscópio flexível, realiza suturas ou dobras no estômago para reduzir seu volume ou alterar sua complacência. Por exemplo, um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostrou que a técnica resultou em perda sustentada de mais de 20 % do peso corporal ao longo de até quatro anos.

Entretanto, é importante saber que, apesar de parecer similar à cirurgia bariátrica, a técnica endoscópica não está expressamente reconhecida como cirurgia bariátrica pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). A diferença essencial é a seguinte: na cirurgia tradicional, parte do estômago ou do intestino é removida ou desviada, enquanto na endoscópica apenas se costura ou dobra internamente. Por isso, quando se pergunta sobre redução de estômago sem cortes, a resposta é “Em certa medida sim, mas com ressalvas.”

Se você está buscando um procedimento que pareça “menos invasivo”, a cirurgia bariátrica endoscópica pode chamar atenção. Mas é essencial entender os limites desse procedimento e se ele é ideal para o seu caso. Vamos então investigar quais são os benefícios dessa técnica.

Benefícios, evidências e o que ainda está em debate

A cirurgia bariátrica endoscópica apresenta vantagens atraentes. Algumas delas são recuperação mais rápida, internação mínima ou até mesmo alta no mesmo dia, menor invasividade e menor tempo de anestesia. Muitos pacientes recebem alta no mesmo dia e retomam atividades em menos de uma semana. Além disso, comparativamente ao método tradicional, pode haver menor impacto sobre absorção de nutrientes, já que não há grandes alterações anatômicas.

Entretanto, o método carrega limitações importantes. A perda de peso média com a técnica endoscópica girou em torno de 18 % a 25 % no primeiro ano. Já a cirurgia bariátrica tradicional costuma alcançar perdas na faixa de 35 % a 40 % ou mais em determinados casos. Além disso, o fato de a técnica ainda estar em caráter experimental no Brasil é um ponto crítico: o CFM deixa claro que a gastroplastia endoscópica não está no rol de procedimentos reconhecidos como cirurgia bariátrica e só pode ser realizada em protocolos de pesquisa.

Se você está considerando esse método como “cirurgia bariátrica sem cortes”, precisa encarar que: sim, há menos incisão e também menor dor imediata. Porém, ainda há menos evidência de longo prazo e menor mudança hormonal/ metabólica do que na técnica clássica. Além disso, será que para seu caso essa técnica seria tão válida quanto a tradicional? Vamos ao próximo ponto.

E agora? O que vale para você e qual é o próximo passo

Se você leu até aqui, já domina o que é a cirurgia bariátrica endoscópica, entende que há “redução de estômago sem cortes” em certa medida e também compreende os limites. Agora, a pergunta é: será que você deve seguir por esse caminho — e qual o plano de ação? Para decidir, você deve agendar uma avaliação completa com equipe multidisciplinar (cirurgião bariátrico/metabólico, endoscopista, nutricionista, psicólogo). Ao fazer isso, investigue: seu IMC, comorbidades, histórico de tratamentos, expectativas, riscos reais e qual técnica melhor se adapta ao seu perfil.

Além disso, se optar pela alternativa endoscópica, certifique-se de entender que ela ainda está em caráter experimental. Por fim, somente com uma avaliação individualizada será possível determinar qual técnica é a malhor para você.  Se você está preparado para avançar, agende agora mesmo uma consulta com o Dr. Wagner Schiel. 

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