Dores, ansiedade, medo do futuro e do prognóstico da doença são só alguns dos desafios enfrentados por pacientes com tumores. Além de desafios, são também motivações para a busca de tratamento, incluindo principalmente a cirurgia oncológica, que é uma das principais abordagens para tratamento do câncer. Realizado por um especialista em cirurgia do aparelho digestivo, esse método é seguro e eficaz no tratamento de tumores. Continue a leitura para saber mais sobre os tumores que a cirurgia oncológica do aparelho digestivo trata.
A complexidade do aparelho digestivo
Apesar de ser o principal órgão associado à digestão, o estômago é apenas um dos componentes responsáveis por esse processo. Além dele, o sistema digestivo é composto por mais seis estruturas que constituem o trato digestório principal e outras sete que fazem parte dos órgãos digestórios acessórios.
O principal, que é um tubo oco que se estende da boca ao ânus, inclui:
- A boca: na qual ocorre a mastigação e o início da digestão mecânica e química, com a ação da saliva.
- Faringe: passagem comum para ar e alimentos, conduzindo-os da boca para o esôfago.
- Esôfago: tubo muscular que transporta alimentos da faringe para o estômago por meio de contrações peristálticas.
- Estômago: órgão responsável pelo armazenamento e digestão parcial dos alimentos, com secreção de ácido clorídrico e enzimas digestivas.
- Intestino delgado: principal estrutura para a digestão e absorção de nutrientes. Divide-se em duodeno, jejuno e íleo.
- Intestino grosso: responsável pela absorção final da água e formação das fezes, composto por ceco, cólon e reto.
- Ânus: abertura final do trato digestório, por meio da qual ocorre a eliminação das fezes.
Órgãos digestórios acessórios
Já os órgãos digestórios acessórios, que produzem outros tipos de secreções essenciais para a digestão, são:
Dentes: responsáveis pela mastigação e quebra mecânica dos alimentos.
Língua: auxilia na mastigação, deglutição e no controle do alimento na boca.
Glândulas salivares: produzem saliva, que contém enzimas digestivas (como a amilase salivar), para iniciar a digestão química dos carboidratos.
Fígado: produz a bile, que é fundamental para a digestão de gorduras e o armazenamento de nutrientes.
Vesícula biliar: armazena e concentra a bile, isto é, um líquido produzido no fígado, liberando-a no intestino delgado quando necessário.
Pâncreas: responsável pela produção de enzimas digestivas (como lipase, amilase e tripsina) e bicarbonato, que neutraliza o ácido no intestino delgado.
Cirurgia oncológica do aparelho digestivo
Em um sistema essencial como o digestivo, responsável pela digestão, absorção e eliminação de alimentos, é fundamental que o cirurgião utilize tratamentos com as melhores e mais seguras técnicas. Por isso, nos últimos anos, os avanços na medicina têm proporcionado mudanças significativas no tratamento de tumores malignos no aparelho digestivo.
Nesse sentido, a cirurgia oncológica é uma das abordagens beneficiadas por esse avanço. De forma segura, esse procedimento tem como objetivo principal a eliminação completa do tumor quando possível. Ademais, sua indicação é tanto para a cura definitiva quanto para aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes em casos avançados.
Afinal, quais tumores a cirurgia do aparelho digestivo trata?
Durante a cirurgia oncológica, o especialista utiliza técnicas precisas para remover diversos tumores, que podem atingir:
- O esôfago;
- Fígado;
- Estômago;
- Pâncreas;
- Duodeno;
- As vias biliares;
- A vesícula biliar;
- Cólon e reto.
Desse modo, a escolha do procedimento cirúrgico depende do tipo de câncer, localização do tumor, estágio da doença e condição geral do paciente.
Além de tratar o câncer primário, a cirurgia também pode ser realizada para o diagnóstico e estadiamento da extensão da doença. Ademais, a remoção dos linfonodos é importante para avaliar se o câncer se disseminou além do local inicial, permitindo que os médicos determinem o estágio da doença e planejem tratamentos adicionais, como quimioterapia ou radioterapia adjuvante, se necessário.
A importância da prevenção
A prevenção e o diagnóstico precoce desempenham papéis essenciais no tratamento eficaz dos tumores por meio da cirurgia oncológica. Isso porque a detecção do câncer em estágios iniciais aumenta significativamente as chances de cura e reduz a necessidade de tratamentos mais agressivos.
Nesse sentido, em casos nos quais é possível remover completamente o tumor, recomenda-se a cirurgia. Dessa forma, essa abordagem possibilita a cura definitiva de muitos pacientes.
Além disso, a intervenção precoce pode ajudar a evitar complicações graves associadas ao câncer avançado, como obstruções de órgãos, hemorragias e dor intensa. Por isso, a realização de exames de rastreamento regulares, como colonoscopia, mamografia e exames de sangue específicos, é fundamental para identificar precocemente quaisquer alterações suspeitas no organismo. Essas medidas não apenas melhoram as chances de tratamento bem-sucedido, mas também contribuem para uma melhor qualidade de vida a longo prazo para os pacientes diagnosticados com câncer.
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