Recentemente, especialistas de diversos países publicaram um estudo na revista científica The Lancet sugerindo mudanças no método de diagnóstico da obesidade. Se essas propostas forem adotadas no futuro, mais pessoas poderão ter acesso a tratamentos cirúrgicos para obesidade, como a cirurgia bariátrica, por exemplo.
Contudo, por enquanto, nada mudou. Isso porque, antes das sugestões virarem regras, é necessário que as entidades médicas realizem uma avaliação profunda de cada tópico e da viabilidade das pontuações dos especialistas. Continue a leitura para entender melhor essas propostas.
O que essas mudanças propõem?
Atualmente, o diagnóstico da obesidade ocorre principalmente pelo Índice de Massa Corporal (IMC). O estudo sugere que esse critério sozinho pode não ser suficiente e propõe uma avaliação mais completa, incluindo:
- Medidas mais completas do corpo, como circunferência da cintura e a relação entre cintura e quadril;
- Exames de imagem, como o DEXA, para analisar a composição corporal;
- Presença de doenças associadas, como diabetes tipo 2 e pressão alta;
- Avaliação dos impactos na saúde, como dificuldades para respirar, dores nas articulações e piora da qualidade de vida.
Outra proposta do estudo é dividir a obesidade em duas categorias:
Obesidade clínica: quando já existem sinais claros de problemas de saúde causados pelo excesso de peso.
Obesidade pré-clínica: quando o acúmulo de gordura ainda não causou grandes impactos na saúde, mas pode trazer riscos no futuro.
Isso afeta a cirurgia bariátrica?
Se essas novas regras forem aceitas no futuro, mais pessoas poderão realizar a cirurgia bariátrica como tratamento para obesidade. Hoje, muitos pacientes não conseguem acesso à cirurgia bariátrica porque o IMC não atinge o mínimo exigido, mesmo que tenham outros problemas de saúde graves relacionados ao peso.
Mas, até o momento, essas mudanças não são oficiais. Elas são apenas sugestões feitas por especialistas e ainda precisam passar por análise antes que os critérios para procedimentos sejam, de fato, alterados.
Obesidade e cirurgia bariátrica: o que esperar para o futuro?
O estudo publicado na The Lancet traz novas ideias que podem mudar a forma como especialistas realizam o diagnóstico da obesidade e, consequentemente, ampliar o acesso de pacientes à cirurgia bariátrica. No entanto, não há nenhuma mudança confirmada para 2025.
Portanto, se você tem dúvidas sobre a cirurgia bariátrica e quer saber se ela é ideal para o seu caso, é importante que procure um especialista. Afinal, cada pessoa tem uma necessidade diferente e o tratamento mais adequado deve ser decidido junto com um profissional de saúde.
