A obesidade é uma das condições de saúde mais preocupantes do século 21. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as taxas de obesidade quase triplicaram desde 1975, afetando atualmente mais de 650 milhões de pessoas no mundo. Por isso, o Dia Mundial da Obesidade, celebrado em 4 de março, tem como objetivo conscientizar sobre essa doença crônica e suas graves consequências para a saúde, além de incentivar soluções práticas para prevenção e tratamento.
Obesidade: uma condição muito além da estética
Muitas pessoas ainda enxergam a obesidade apenas como um problema estético, mas essa visão simplista ignora os riscos reais dessa condição. A obesidade não é apenas um excesso de peso, mas sim o acúmulo excessivo de gordura corporal que prejudica o funcionamento do organismo.
Estudos comprovam que a obesidade é um dos principais fatores de risco para diversas doenças crônicas não transmissíveis, como:
- Diabetes tipo 2: o excesso de gordura interfere na produção e ação da insulina, levando ao aumento da glicose no sangue;
- Hipertensão e doenças cardiovasculares: o acúmulo de gordura sobrecarrega o coração e os vasos sanguíneos, aumentando o risco de infarto e AVC;
- Problemas articulares: o peso excessivo causa sobrecarga nas articulações, favorecendo o desgaste e o desenvolvimento de doenças como artrose;
- Alguns tipos de câncer: a obesidade está associada a um maior risco de câncer de mama, cólon, fígado, pâncreas e rins.
Além dos impactos físicos, a obesidade também tem efeitos psicológicos significativos. Ou seja, o estigma social, o preconceito e a falta de compreensão sobre a obesidade levam muitas pessoas a desenvolverem quadros de depressão, ansiedade e baixa autoestima.
O que causa a obesidade e como tratar essa condição?
Diferentemente do que muitos acreditam, a obesidade não ocorre apenas como resultado de hábitos alimentares ruins ou da falta de exercício físico. Na verdade, ela possui causas multifatoriais e, por isso, envolve uma combinação de fatores genéticos, psicológicos, metabólicos, socioculturais e ambientais.
O tratamento da obesidade precisa ser individualizado e pode envolver diferentes abordagens, como:
- Mudança de hábitos alimentares: uma alimentação equilibrada, com a redução do consumo de calorias e alimentos ultraprocessados, é um passo fundamental;
- Atividade física regular: nesse sentido, exercícios ajudam a controlar o peso e a melhorar a saúde cardiovascular e metabólica;
- Uso de medicamentos: em alguns casos, o médico pode prescrever medicamentos para auxiliar na perda de peso;
- Cirurgia bariátrica: além disso, para pacientes com obesidade grave ou que não conseguem perder peso com outros métodos, a cirurgia pode ser uma opção eficaz.
Cirurgia bariátrica: quando é indicada?
A cirurgia bariátrica é um procedimento que reduz o tamanho do estômago ou altera o sistema digestivo para ajudar no controle do peso. Ela é indicada para pessoas com:
- IMC igual ou superior a 40 kg/m²;
- IMC entre 35 e 40 kg/m² com doenças associadas, como diabetes tipo 2 ou hipertensão;
- Falta de sucesso em tratamentos clínicos convencionais.
O procedimento não deve ser visto como uma solução fácil ou somente estética, mas sim como parte de um tratamento contínuo, que envolve reeducação alimentar, acompanhamento médico e mudanças no estilo de vida.
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Tipos de cirurgia bariátrica e seus benefícios
Atualmente, existem dois principais tipos de cirurgia bariátrica amplamente utilizados:
- Sleeve Gástrico (Gastrectomia Vertical): nesse procedimento, uma parte significativa do estômago é removida, reduzindo sua capacidade e alterando os sinais hormonais de saciedade;
- Bypass Gástrico: essa técnica reduz o tamanho do estômago e desvia parte do intestino delgado, limitando a absorção de calorias e promovendo uma perda de peso mais eficaz.
Ambas as técnicas têm indicações específicas e trazem benefícios significativos, como a redução do risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e apneia do sono.
A importância do acompanhamento pós-cirúrgico
A cirurgia bariátrica não é uma solução isolada. Para garantir resultados duradouros, o paciente precisa de acompanhamento multidisciplinar, com suporte de médicos, nutricionistas e psicólogos. Além disso, a reeducação alimentar e a prática regular de exercícios físicos são indispensáveis para manter o controle do peso a longo prazo.
Criar expectativas realistas também é essencial. A cirurgia é uma ferramenta poderosa, mas exige comprometimento contínuo. Estabelecer metas alcançáveis, como a melhoria da saúde metabólica e a redução progressiva do peso, pode ajudar na motivação durante o processo de recuperação.
Leia também: Cirurgia bariátrica e a vida após o procedimento: o que muda
Escolher um especialista de confiança
Escolher um cirurgião especializado em aparelho digestivo é essencial para garantir a segurança do procedimento e alcançar resultados satisfatórios. Além disso, um profissional experiente poderá avaliar cada caso com precisão, recomendar a abordagem mais adequada e, consequentemente, oferecer suporte em todas as etapas, desde o pré-operatório até a adaptação pós-cirúrgica.
Obesidade: mais do que peso, uma questão de saúde!
Portanto, se você enfrenta dificuldades com o peso e quer buscar um tratamento eficaz, saiba que há soluções. O primeiro passo é procurar um especialista para avaliar o seu caso e indicar as melhores opções de tratamento. Desse modo, é possível controlar e tratar a obesidade, o que melhora a saúde, a qualidade de vida e o bem-estar.
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